Questões de Sociologia retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
A) aumento na importância como representação política dos cidadãos.
B) crescente participação dos funcionários no poder do Estado.
C) incentivo à intermediação dos interesses de particulares.
D) criação de diversas pequenas cidades-repúblicas.
E) diminuição do poder das assembleias.
A) estímulo da luta política.
B) adoção da ideologia marxista.
C) coletivização dos meios de produção.
D) aprofundamento dos conflitos sociais.
E) intensificação do crescimento econômico.
FIGURA 1
Princesa Alexandra. Disponível em: www.democraciafashion.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012.
FIGURA 2
A) decadência da Monarquia, revelada pela aparição solitária e informal das nobres.
B) redução na escolaridade, simbolizada pela vida dinâmica e sem dedicação à leitura.
C) ampliação do status, conferida pela passagem do local rústico para os jardins do palácio.
D) inclusão na política, representada pela diferença entre o espaço privado e o espaço público.
E) valorização do corpo, salientada pelo uso de roupas mais curtas e pela postura mais relaxada.
A) mudanças decorrentes da entrada da mulher no mercado de trabalho.
B) formas de ameaça doméstica que se restringem à violência física.
C) relações de gênero socialmente construídas ao longo da história.
D) violência doméstica contra a mulher relacionada à pobreza.
E) ingestão excessiva de álcool pelos homens.
TEXTO I
Não é sem razão que o ser humano procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem, extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
TEXTO II
Para que essas classes com interesses econômicos em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que, na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia. São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado).
Os textos expressam duas visões sobre a forma como os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões apontam, respectivamente, para as concepções:
A) Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada — Conflituosa, exemplificada pela luta de classes.
B) Heterogênea, favorável à propriedade privada — Consensual, sob o controle de classes com interesses comuns.
C) Igualitária, baseada na filantropia — Complementar, com objetivos comuns unindo classes antagônicas.
D) Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis que se complementam — Individualista, na qual as pessoas lutam por seus interesses.
E) Libertária, em defesa da razão humana — Contraditória, na qual vigora o estado de natureza.
Imagine uma festa. São centenas de pessoas aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades. Você seleciona uma delas e começa um diálogo. Apesar do assunto envolvente, você olha para o lado, perde o foco e dá início a um novo bate-papo. Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas você se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com quem conversou. A internet é mais ou menos assim, repleta de coisas legais, informações relevantes. São janelas e mais janelas abertas.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado).
Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação e vida social, o texto associa a internet a um padrão de sociabilidade que se caracteriza pelo(a)
A) isolamento das pessoas.
B) intelectualização dos internautas.
C) superficialidade das interações.
D) mercantilização das relações.
E) massificação dos gostos.
Ao longo das três últimas décadas, houve uma explosão de movimentos sociais pelo mundo. Essa diversidade de movimentos — que vão desde os movimentos por direitos civis e os movimentos feministas dos anos de 1960 e 1970, até os movimentos antinucleares e ecológicos dos anos de 1980 e a campanha pelos direitos homossexuais da década de 1990 — é normalmente denominado pelos comentadores do tema como novos movimentos sociais.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005 (adaptado).
Uma explicação para a expansão dos chamados novos movimentos sociais nas últimas três décadas é a
A) fragilidade das redes globais comunicacionais, como internet e telefonia.
B) garantia dos direitos sociais constitucionais, como educação e previdência.
C) crise das organizações representativas tradicionais, como partidos e sindicatos.
D) instabilidade das instituições políticas democráticas, como eleições e parlamentos.
E) consolidação das corporações transnacionais monopolistas, como petrolíferas e mineradoras.
Seria até engraçado, se não fosse trágico, porque na hora que a pessoa tem uma doença, ela fica se achando responsável por ter a doença. E se você pegar na história da medicina, sempre foi feito isso — os que tinham lepra eram considerados ímpios; tinham lepra porque não eram tementes a Deus, porque não eram homens e mulheres que tinham uma vida religiosa. Os tuberculosos, no início do século, na epidemia de tuberculose na Europa inteira, aqui em São Paulo, no Brasil todo, eram pessoas devassas, jovens devassos. Com a Aids nós vimos a mesma coisa. Quem tinha Aids, quem eram? Eram os promíscuos e os viciados em drogas, não é?
Entrevista de Dráuzio Varella no programa Roda Viva em 30 ago. 2004. Disponível em: www.rodaviva.fapesp.br. Acesso em: 30 jan. 2012 (adaptado).
Dráuzio Varella discute a associação entre doença e costumes cotidianos. De acordo com o argumento apresentado, essa associação indica
A) a culpabilização de hábitos considerados como desregrados, adequando comportamentos.
B) o desejo de estender a qualidade de vida, controlando as populações mais jovens.
C) a classificação dos grupos de risco, buscando impedir o contágio.
D) a diminuição da fé religiosa, na modernidade, rejeitando a vida celibatária.
E) o desenvolvimento da medicina, propondo terapêuticas que melhorem a vida do doente.
O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo.
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme expressa o texto, diz que
A) o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria natureza.
B) as instituições sociais formam o homem de acordo com a sua essência natural.
C) o homem civil é um todo no corpo social, pois as instituições sociais dependem dele.
D) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar absoluto.
E) as instituições sociais expressam a natureza humana, pois o homem é um ser político.
Um Estado é uma multidão de seres humanos submetida a leis de direito. Todo Estado encerra três poderes dentro de si, isto é, a vontade unida em geral consiste de três pessoas: o poder soberano (soberania) na pessoa do legislador; o poder executivo na pessoa do governante (em consonância com a lei) e o poder judiciário (para outorgar a cada um o que é seu de acordo com a lei) na pessoa do juiz.
KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: EDIPRO, 2003.
De acordo com o texto, em um Estado de direito
A) a vontade do governante deve ser obedecida, pois é ele que tem o verdadeiro poder.
B) a lei do legislador deve ser obedecida, pois ela é a representação da vontade geral.
C) o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, é soberano, pois é ele que outorga a cada um o que é seu.
D) o Poder Executivo deve submeter-se ao Judiciário, pois depende dele para validar suas determinações.
E) o Poder Legislativo deve submeter-se ao Executivo, na pessoa do governante, pois ele que é soberano.
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