Questões de Português retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
A) o artesanato é algo do passado e tem sua sobrevivência fadada à extinção por se tratar de trabalho estático produzido por poucos.
B) os artistas populares não têm capacidade de pensar e conceber a arte intelectual, visto que muitos deles sequer dominam a leitura.
C) o artista popular e o artesão, portadores de saber cultural, têm a capacidade de exprimir, em seus trabalhos, determinada formação cultural.
D) os artistas populares produzem suas obras pautados em normas técnicas e educacionais rígidas, aprendidas em escolas preparatórias.
E) o artesanato tem seu sentido limitado à região em que está inserido como uma produção particular, sem expansão de seu caráter cultural.
Texto I
Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro
Respirando esse ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!
Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu de meu Brasil!
Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! Não seja já!
Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
ABREU, C. Poetas rom ânticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993.
Texto II
A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época).
MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).
De acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I centra-se
A) no imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma de estar bem, já que o país sufoca o eu lírico.
B) no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e pelo saudosismo em relação à paisagem agradável onde o eu lírico vivera a infância.
C) na liberdade formal, que se manifesta na opção por versos sem métrica rigorosa e temática voltada para o nacionalismo.
D) no fazer anárquico, entendida a poesia como negação do passado e da vida, seja pelas opções formais, seja pelos temas.
E) no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a alegria presente em oposição à infância, marcada pela tristeza.
A) comprovar que o avanço da dengue no país está relacionado ao fato de a população desconhecer os agentes causadores.
B) convencer as pessoas a se mobilizarem, com o intuito de eliminar os agentes causadores da doença.
C) demonstrar que a propaganda tem um caráter institucional e, por essa razão, não pretende vender produtos.
D) informar à população que a dengue é uma doença que mata e que, por essa razão, deve ser combatida.
E) sugerir que a sociedade combata a doença, observando os sintomas apresentados e procurando auxílio médico.
A) Identificação pessoal.
B) Formação.
C) Experiência Profissional.
D) Informações Adicionais.
E) Qualificação Profissional.
A) da descoberta da mídia impressa, por meio da produção de livros, revistas, jornais.
B) do esvaziamento da cultura alfabetizada, que, na era da informação, está centrada no mundo dos sons e das imagens.
C) da quebra das fronteiras do tempo e do espaço na integração das modalidades escrita, oral e audiovisual.
D) da audiência da informação difundida por meio da TV e do rádio, cuja dinâmica favorece o crescimento da eletrônica.
E) da penetrabilidade da informação visual, predominante na mídia impressa, meio de comunicação de massa.
A) pelo interesse dos indígenas em aprender a religião dos portugueses.
B) pelo interesse dos portugueses em aprimorar o saber linguístico dos índios.
C) pela percepção dos indígenas de que as suas línguas precisavam aperfeiçoar-se.
D) pelo interesse unilateral dos indígenas em aprender uma nova língua com os portugueses.
E) pela distribuição espacial das línguas indígenas, que era anterior à chegada dos portugueses.
APADRINHE. IGUAL AO JOÃO, MILHARES DE CRIANÇAS TAMBÉM PRECISAM DE UM MELHOR AMIGO. SEJA O MELHOR AMIGO DE UMA CRIANÇA.
Anúncio assinado pelo Fundo Cristão para Crianças CCF-Brasil. Revista IstoÉ. São Paulo: Três, ano 32, n° 2079, 16 set. 2009.
Pela forma como as informações estão organizadas, observa-se que, nessa peça publicitária, predominantemente, busca-se
A) conseguir a adesão do leitor à causa anunciada.
B) reforçar o canal de comunicação com o interlocutor.
C) divulgar informações a respeito de um dado assunto.
D) enfatizar os sentimentos e as impressões do próprio enunciador.
E) ressaltar os elementos estéticos, em detrimento do conteúdo veiculado.
A) modifica as ideias e intenções daqueles que tiveram seus textos registrados por outros.
B) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência de ideias ao longo do tempo.
C) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade.
D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados por meio da oralidade.
E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.
Texto I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é
A) o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se realiza por meio de uma espécie de fusão de dois seres em um só.
B) a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que odeia a si mesmo.
C) o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando-se, porém, nos versos de Camões, certa resistência do ser amado.
D) a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a realização concreta.
E) o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados, nos Textos I e II, respectivamente, o ódio e o amor.
A) explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta.
B) instrucional, em que se ensina o comportamento feminino, inspirado em prima Julieta.
C) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta.
D) descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do enunciador captam.
E) argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão do leitor a essas ideias.
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