Questões de História retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
A) propagação do ideário cristão.
B) valorização do trabalho braçal.
C) adoção do cativeiro na Colônia.
D) adesão ao ascetismo contemplativo.
E) alfabetização dos indígenas nas Missões.
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para
A) restabelecer o crescimento da economia mercantil.
B) conquistar as riquezas dos territórios americanos.
C) legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
D) ganhar a adesão das potências europeias.
E) fortalecer as rotas do comércio marítimo
Produzida no Chile, no final da década de 1970, a imagem expressa um conflito entre culturas e sua presença em museus decorrente da
A) valorização do mercado das obras de arte.
B) definição dos critérios de criação de acervos.
C) ampliação da rede de instituições de memória.
D) burocratização do acesso dos espaços expositivos.
E) fragmentação dos territórios das comunidades representadas.
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
A) Coleta de drogas do sertão.
B) Extração de metais preciosos.
C) Adoção da pecuária extensiva.
D) Retirada de madeira do litoral.
E) Exploração da lavoura de tabaco.
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular questionava
A) a alta de preços.
B) a política clientelista.
C) as reformas urbanas.
D) o arbítrio governamental.
E) as práticas eleitorais.
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:
A) Controle da terra.
B) Liberdade de culto.
C) Igualdade de gênero.
D) Exclusão dos militares.
E) Exigência da alfabetização.
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a
A) rigidez hierárquica da estrutura social.
B) inserção feminina nos ofícios militares.
C) adesão pública dos imigrantes portugueses.
D) flexibilidade administrativa do governo imperial.
E) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial:
A) Restrição da propriedade privada.
B) Expropriação das terras comunais.
C) Imposição da estatização fundiária.
D) Redução da produção monocultora.
E) Proibição das atividades artesanais.
O marco inicial das discussões parlamentares em torno do direito do voto feminino são os debates que antecederam a Constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do Código Eleitoral de 1932.
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br. Acesso em: 14 maio 2018.
Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no texto foi a
A) superação da cultura patriarcal.
B) influência de igrejas protestantes.
C) pressão do governo revolucionário.
D) fragilidade das oligarquias regionais.
E) campanha de extensão da cidadania.
Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890
Dos crimes contra a saúde pública
Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo, e sob qualquer forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou exercendo assim, o ofício denominado curandeiro.
Disponível em: http://legis.senado.gov.br. Acesso em: 21 dez. 2014 (adaptado).
No início da Primeira República, a legislação penal vigente evidenciava o(a)
A) negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
B) desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
C) preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
D) abandono pela comunidade das práticas terapêuticas de magia.
E) condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura.
{TITLE}