Questões de História retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições de vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o (a)
A) valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B) busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C) desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D) incentivo à imigração europeia.
E) escravização das populações indígenas.
TEXTO I
O aparecimento da máquina movida a vapor foi o nascimento do sistema fabril em grande escala, representando um aumento tremendo na produção, abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
TEXTO II
Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente,
A) ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.
B) acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.
C) debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho.
D) indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
E) minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos.
Há dois pilares para a concepção multilateral de justiça: a ideia de que a relação entre Estados é baseada na igualdade jurídica e a noção de que a Carta da ONU deveria promover os direitos humanos e o progresso social. Do primeiro pilar derivam as normas de não intervenção, de respeito à integridade territorial e de não ingerência. São as normas que garantem as condições dos processos deliberativos justos entre iguais.
FONSECA JR., G. Justiça e direitos humanos. In: NASSER, R. (Org.). Novas perspectivas sobre os conflitos internacionais. São Paulo: Unesp, 2010 (adaptado).
Nessa concepção de justiça, o cumprimento das normas jurídicas mencionadas é a condição indispensável para a efetivação do seguinte aspecto político:
A) Voto censitário.
B) Sufrágio universal.
C) Soberania nacional.
D) Nacionalismo separatista.
E) Governo presidencialista.
Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz.
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).
A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na
A) imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.
B) abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo.
C) alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca.
D) cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático.
E) mobilização do povo e na autoridade do parlamento.
A) ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da economia norte-americana.
B) mitigaram o patriotismo e os laços familiares em razão das mortes causadas.
C) atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os países do Oriente e Ocidente.
D) aumentaram o preconceito contra os indivíduos de origem árabe e religião islâmica.
E) diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do chefe de Estado para lidar com o evento.
Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria fosse o confronto militar e a cada vez mais frenética corrida armamentista, não foi esse o seu grande impacto. As armas nucleares nunca foram usadas. Muito mais óbvias foram as consequências políticas da Guerra Fria.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1999 (adaptado).
O conflito entre as superpotências teve sua expressão emblemática no(a)
A) formação do mundo bipolar.
B) aceleração da integração regional.
C) eliminação dos regimes autoritários.
D) difusão do fundamentalismo islâmico.
E) enfraquecimento dos movimentos nacionalistas.
A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e im perialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma
A) cruzada religiosa.
B) catequese cristã.
C) missão civilizatória.
D) expansão comercial ultramarina.
E) política exterior multiculturalista.
TEXTO I
O Estado sou eu.
Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715. Disponível em: http://portaldo professor.mec. gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011.
TEXTO II
A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua vontade é sempre legal; na verdade é a própria lei.
SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Os textos apresentados expressam alteração na relação entre governantes e governados na Europa. Da frase atribuída ao rei Luís XIV até o pronunciamento de Sieyès, representante das classes médias que integravam o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança decorrente da
A) ampliação dos poderes soberanos do rei, considerado guardião da tradição e protetor de seus súditos e do Império.
B) associação entre vontade popular e nação, composta por cidadãos que dividem uma mesma cultura nacional.
C) reforma aristocrática, marcada pela adequação dos nobres aos valores modernos, tais como o princípio do mérito.
D) organização dos Estados centralizados, acompanhados pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
E) crítica ao movimento revolucionário, tido como ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo ideário nacionalista.
Ao final do Ano da França no Brasil, aconteceu na Bahia um encontro único entre a bossa nova brasileira e a música francesa, no show do cantor e compositor baiano radicado na França, Paulo Costa. O show se chama "Toulouse em Bossa" por conta da versão da música Toulouse, de Claude Nougaro, que é uma espécie de hino deles, tal como é para nós Garota de Ipanema, explica Paulo Costa. Nougaro é famoso na França e conhecido por suas versões de músicas brasileiras, como O Que Será que Será e Berimbau.
Disponível em: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010. (adaptado).
O que representam encontros como o ocorrido na Bahia em 2009 para o patrimônio cultural das sociedades brasileira e francesa?
A) Ocasião para identificar qual das duas culturas é mais cosmopolita e deve ser difundida entre os demais países.
B) Oportunidade de se apreciar a riqueza da diversidade cultural e a possibilidade de fazer dialogar culturas diferentes.
C) Mostra das diferenças entre as duas culturas e o desconhecimento dos brasileiros em relação à cultura francesa.
D) Demonstração da heterogeneidade das composições e da distância cultural entre os dois países.
E) Tentativa de se evidenciar a semelhança linguística do francês e do português, com o intuito de unir as diferentes sociedades.
O arrojado projeto arquitetônico e urbanista da nova capital federal fez com que Brasília fosse, no ano de 1987, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, porque o Plano Piloto de Brasília concretizava os princípios do
A) urbanismo modernista internacional.
B) modelo da arquitetura sacra europeia.
C) pensamento organicista das metrópoles brasileiras.
D) plano de interiorização da capital.
E) projeto nacional desenvolvimentista do governo JK.
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