Questões de História do ENEM

Questões de História retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

cód. #5507

INEP - História - 2016 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia (2ª Aplicação)

O número de votantes potenciais em 1872 era de 1 097 698, o que correspondia a 10,8% da população total. Esse número poderia chegar a 13%, quando separamos os escravos dos demais indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva ter sido aprovada, o número de cidadãos que poderiam se qualificar eleitores era de 117 022, isto é, 0,8% da população.

CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina política e eleições na Primeira República. Disponível em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul. 2012.

A explicação para a alteração envolvendo o número de eleitores no período é a

A) criação da Justiça Eleitoral.
B) exigência da alfabetização.
C) redução da renda nacional.
D) exclusão do voto feminino.
E) coibição do voto de cabresto.

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cód. #5512

INEP - História - 2016 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia (2ª Aplicação)

                        

      Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade.

        SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.

                                                                       São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). 

No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era

A) exaltar o modelo absolutista e despótico.
B) valorizar a mestiçagem africana e nativa.
C) reduzir a participação democrática e popular.
D) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
E) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

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cód. #5516

INEP - História - 2016 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia (2ª Aplicação)

Nos Estados Unidos, durante o século XIX, tal como representada no mapa, a relação entre território e nação foi reconfigurada por uma política que

A) transferiu as populações indígenas para territórios de fronteira anexados, protegendo a cultura protestante dos migrantes fundadores da nação norte-americana.
B) respondeu à ameaças europeias pelo fim da escravidão, integrando a população de escravos ao projeto de expansão por meio da doação de terras.
C) assinou acordos com países latino-americanos, ajudando na reestruturação da economia desses países após suas independências.
D) projetou o avanço de populações excedentes para além da faixa atlântica, reformulando fronteiras para o estabelecimento de um país continental.
E) instalou manufaturas nas áreas compradas e anexadas, visando utilizar a mão de obra barata das populações em trânsito.

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cód. #4736

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Confidência itabirano

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:

esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;

este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval;

este couro de anta, estendido no sofá de visitas;

este orgulho, esta cabeça baixa.

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.

Hoje sou funcionário público.

Itabita é apenas uma fotografia na parede.

Mas como dói.

ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012 (fragmento).


O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos. A longa história da ocupação de Minas Gerais, iniciada com a mineração, deixou marcas que se atualizam em Itabira, pequena cidade onde nasceu o poeta. Nesse sentido, a evocação poética indica o(a)

A) pujança da natureza resistindo à ação humana.
B) sentido de continuidade do progresso.
C) cidade como imagem positiva da identidade mineira.
D) percepção da cidade como paisagem da memória.
E) valorização do processo de ocupação da região.

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cód. #4739

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro automatizado, o problema não é como as pessoas vão consumir essas unidades adicionais de tempo de lazer, mas que capacidade para a experiência terão as pessoas com esse tempo livre. Mas se a notação útil do emprego do tempo se torna menos compulsiva, as pessoas talvez tenham de reaprender algumas das artes de viver que foram perdidas na Revolução Industrial: como preencher os interstícios de seu dia com relações sociais e pessoais; como derrubar mais uma vez as barreiras entre o trabalho e a vida.

THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).


A partir da reflexão do historiador, um argumento contrário à transformação promovida pela Revolução Industrial na relação dos homens com o uso do tempo livre é o(a)

A) intensificação da busca do lucro econômico.
B) flexibilização dos períodos de férias trabalhistas.
C) esquecimento das formas de sociabilidade tradicionais.
D) aumento das oportunidades de confraternização familiar.
E) multiplicação das possibilidades de entretenimento virtual.

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cód. #4750

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia deu o impulso inicial à produção e venda organizada de ópio. A Companhia das Índias Orientais obteve o monopólio da compra do ópio indiano e depois vendeu licenças para mercadores selecionados, conhecidos como “mercadores nativos”. Depois de vender ópio na China, esses mercadores depositavam a prata que recebiam por ele com agentes da companhia em Cantão, em troca de cartas de crédito; a companhia, por sua vez, usava a prata para comprar chá, porcelana e outros artigos que seriam vendidos na Inglaterra.

SPENCE, J. Em busca da China moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1996 (adaptado).


A análise das trocas comerciais citadas permite interpretar as relações de poder que foram estabelecidas. A partir desse pressuposto, o processo sócio-histórico identificado no texto é

A) a expansão político-econômica de países do Oriente, iniciada nas últimas décadas do século XX.
B) a consolidação do cenário político entreguerras, na primeira metade do século XX.
C) o colonialismo europeu, que marcou a expansão europeia no século XV.
D) o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segunda metade do século XIX.
E) as libertações nacionais, ocorridas na segunda metade do século XX.

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cód. #4751

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.


A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

A) eficácia da razão empírica.
B) transvaloração dos valores judaico-cristãos.
C) recusa em fundamentar a moral pela experiência.
D) comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
E) importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

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cód. #4757

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

TEXTO I


Não é possível passar das trevas da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo.

BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.


TEXTO II


A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: — Foi fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmente nas minhas opiniões, digo: — O inventor foi fulano de tal, não sou eu.

BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.


Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem o(a)

A) produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja.
B) caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação dos estudos religiosos.
C) surgimento do pensamento científico em oposição à tradição teológica cristã.
D) desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e razão.
E) construção de um saber teológico científico.

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cód. #4758

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, noral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar".

MÉRIGNHAC. Précis de législation et d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981.


A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de

A) dissimular a prática da exploração mediante a ideia de civilização.
B) compensar o saque das riquezas mediante a educação formal dos colonos.
C) formar uma identidade colonial mediante a recuperação de sua ancestralidade.
D) reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação dos hábitos da Metrópole.
E) promover a elevação cultural da Colônia mediante a incorporação de tradições metropolitanas.

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cód. #4766

INEP - História - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Estimativa do número de escravos africanos desembarcados

no Brasil entre os anos de 1846 a 1852



A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,

A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.

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