Questões de Geografia do ENEM

Questões de Geografia retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

cód. #4738

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

A razão principal que leva o capitalismo como sistema a ser tão terrivelmente destrutivo da biosfera é que, na maioria dos casos, os produtores que lucram com a destruição não a registram como um custo de produção, mas sim, precisamente ao contrário, como uma redução no custo. Por exemplo, se um produtor joga lixo em um rio, poluindo suas águas, esse produtor considera que está economizando o custo de outros métodos mais seguros, porém mais caros de dispor do lixo.

WALLERSTEIN, I. Utopística ou as decisões históricas do século vinte e um. Petrópolis: Vozes, 2003.


A pressão dos movimentos socioambientais, na tentativa de reverter a lógica descrita no texto, aponta para a

A) emergência de um sistema econômico global que secundariza os lucros.
B) redução dos custos de tratamento de resíduos pela isenção fiscal das empresas.
C) flexibilização do trabalho como estratégia positiva de corte de custos empresariais.
D) incorporação de um sistema normativo ambiental no processo de produção industrial.
E) minimização do papel do Estado em detrimento das organizações não governamentais.

A B C D E

cód. #4740

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL


As novas tecnologias foram massificadas, alcançando e impactando de diferentes formas os lugares. A ironia proposta pela charge indica que o acesso à tecnologia está

A) vinculado a mudanças na paisagem.
B) garantido de forma equitativa aos cidadãos.
C) priorizado para resolver as desigualdades.
D) relacionado a uma ação redentora na vida social.
E) dissociado de revoluções na realidade socioespacial.

A B C D E

cód. #4741

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.


Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da

A) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens, independentemente de cor, sexo ou religião.
B) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de hierarquização social.
C) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao projeto luso-brasileiro.
D) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos grandes proprietários.
E) afirmação de um regime constitucional monárquico, que garantiu a ordem associada à permanência da escravidão.

A B C D E

cód. #4742

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O ícone dos conflitos que assolam a região da bacia do Xingu na atualidade é o projeto da hidrelétrica de Belo Monte. Prevista para ser implantada no Médio Xingu, tem a capacidade de gerar, segundo os estudos da Eletronorte, 11 mil megawatts de energia, o que faria dela a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Entre adesivos que refletem o teor polêmico do projeto — “Eu quero Belo Monte” e “Fora Belo Monte” —, os moradores de Altamira, cidade polo da região onde a usina deverá ser construída, se dividem.

MARTINHO, N. O coração do Brasil. Horizonte Geográfico, n. 129, jun. 2010 (adaptado).


Na polêmica apresentada, de acordo com a perspectiva dos trabalhadores da região, um argumento favorável e outro contrário à implementação do projeto estão, respectivamente, na

A) urbanização da periferia e valorização dos imóveis rurais.
B) recuperação da autoestima e criação de empregos qualificados.
C) expansão de lavouras e crescimento do assalariamento agrícola.
D) captação de investimentos e expropriação dos posseiros pobres.
E) adoção do preservacionismo e estabelecimento de reservas permanentes.

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cód. #4743

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A distribuição do consumo de energia elétrica per capita, verifica no cartograma, é resultado da

A) extensão territorial dos Estados-nação.
B) diversificação da matriz energética local.
C) capacidade de integração política regional.
D) proximidade com áreas de produção de petróleo.
E) instalação de infraestrutura para atender à demanda.

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cód. #4744

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A humanidade conhece, atualmente, um fenômeno espacial novo: pela primeira vez na história humana, a população urbana ultrapassa a rural no mundo. Todavia, a urbanização é diferenciada entre os continentes.

DURAND, M. F. et al. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009.


No texto, faz-se referência a um processo espacial de escala mundial. Um indicador das diferenças continentais desse processo espacial está presente em:

A) Orientação política de governos locais.
B) Composição religiosa de povos originais.
C) Tamanho desigual dos espaços ocupados.
D) Distribuição etária dos habitantes do território.
E) Grau de modernização de atividades econômicas.

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cód. #4746

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro não tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo. Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que tem sido comum a toda sorte e condição humanas em todos os tempos e em todos os países, sempre que se tenha apresentada a possibilidade objetiva para tanto. O capitalismo, porém, identifica-se com a busca do lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado).


O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta como característica fundamental a

A) competitividade decorrente da acumulação de capital.
B) implementação da flexibilidade produtiva e comercial.
C) ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
D) socialização das condições de produção.
E) mercantilização da força de trabalho.

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cód. #4748

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou possível organizar a produção, e não apenas o comércio, em escala internacional.

HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).


Um fator essencial para a organização da produção, na conjuntura destacada no texto, é a

A) criação de uniões aduaneiras.
B) difusão de padrões culturais.
C) melhoria na infraestrutura de transportes.
D) supressão das barreiras para comercialização.
E) organização de regras nas relações internacionais.

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cód. #4749

INEP - Geografia - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL


As diferentes representações cartográficas trazem consigo as ideologias de uma época. A representação destacada se insere no contexto das Cruzadas por

A) revelar aspectos da estrutura demográfica de um povo.
B) sinalizar a disseminação global de mitos e preceitos políticos.
C) utilizar técnicas para demonstrar a centralidade de algumas regiões.
D) mostrar o território para melhor administração dos recursos naturais.
E) refletir a dinâmica sociocultural associada à visão de mundo eurocêntrica.

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cód. #4753

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Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder público enumera e prevê, para os habitantes de Fortaleza, uma série de proibições condicionadas pela hora: após as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas, motores ou qualquer objeto que produzisse barulho seria punido com multa. No início dos anos 1940 o último bonde partia da Praça do Ferreira às 23 horas.

SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).


Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras experimentaram, na primeira metade do século XX, um novo tipo de vida urbana, marcado por condutas que evidenciam uma

A) experiência temporal regida pelo tempo orgânico e pessoal.
B) experiência que flexibilizava a obdiência ao tempo do relógio.
C) relação de códigos que estimulavam o trânsito de pessoas na cidade.
D) normatização do tempo com vistas à disciplina dos corpos na cidade.
E) cultura urbana capaz de conviver com diferentes experiências temporais.

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