Questões de Filosofia retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento:
fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a
A) burocratização do processo de difusão.
B) valorização da representação abstrata.
C) padronização das técnicas de composição.
D) sofisticação dos equipamentos disponíveis.
E) ampliação dos campos de experimentação.
A) evolução espiritual da alma.
B) apreensão gradual da verdade.
C) segurança material do indivíduo.
D) capacidade racional de discernir.
E) possibilidade eventual de transcender.
TEXTO I
Os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
PESSOA. F. O guardador de rebanhos - IX In GALHOZ. M A. (Org Obras poéticas
Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1998(fragmento)
TEXTO II
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY. M. Fenomenologia da percepção. São Paulo .
Martins Fontes. 1999 (adaptado).
Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a
A) anterioridade da razão no domínio cognitivo.
B) confirmação da existência de saberes inatos.
C) valorização do corpo na apreensão da realidade.
D) verificabilidade de proposições no campo da lógica.
E) possibilidade de contemplação de verdades atemporais.
A) marxista, no contexto do materialismo histórico.
B) logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
C) utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
D) pós-modemista, na discussão da fiuidez das relações.
E) existencialista, na questão do reconhecimento de si.
A) Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínios do pessoal.
B) Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar uma conjectura.
C) Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca.
D) Idealismo, que nega a existência de objetos independentemente do trabalho cognoscente.
E) Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.
A) ideal republicano de governo.
B) corrente tripartite dos poderes.
C) posicionamento critico do socialismo.
D) legitimidade do absolutismo monárquico.
E) entendimento do contratualismo moderno.
A) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
B) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.
C) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
D) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.
E) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.
A) A potência inata da mente.
B) A revelação da inspiração divina.
C) O estudo das tradições filosóficas.
D) A vivência dos fenômenos do mundo.
E) O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
A) centrado na razão humana.
B) baseado na explicação mitológica.
C) fundamentado na ordenação imanentista.
D) focado na legitimação contratualista.
E) configurado na percepção etnocêntrica.
Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir.
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado).
O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre
A) idealidade e efetividade da moral.
B) nulidade e preservabilidade da liberdade.
C) ilegalidade e legitimidade do governante.
D) verificabilidade e possibilidade da verdade.
E) objetividade e subjetividade do conhecimento.
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