Questões de Conhecimentos Gerais retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
A) ideia de natureza intocada.
B) lógica de mercado internacional.
C) respeito ao saber local comunitário.
D) desenvolvimento de cultivos orgânicos.
E) retorno às práticas agrícolas arcaicas.
A) ação afirmativa.
B) missão civilizatória.
C) desobediência civil.
D) apropriação cultural.
E) comportamento xenofóbico.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A) superação da soberania estatal.
B) defesa dos grupos vulneráveis.
C) redução da truculência belicista.
D) impunidade dos atos criminosos.
E) inibição dos choques civilizacionais.
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)
A) ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
B) alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
C) cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
D) segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
E) enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
A) promoção de atos ecumênicos.
B) fomento de orientações bíblicas.
C) apropriação de cerimônias seculares.
D) retomada de ensinamentos apostólicos.
E) ressignificação de rituais fundamentalistas.
Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a)
A) representação popular e sigilo individual.
B) voto indireto e perfil censitário.
C) liberdade pública e abertura política.
D) ética partidária e supervisão estatal.
E) caráter liberal e sistema parlamentar.
A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%).É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos.
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. Catografia social de terreiros no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:PUC-Rio, 2014.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
A) asseguram as expressões multiculturais.
B) promovem a diversidade de etnias.
C) falseiam os dogmas teológicos.
D) estimulam os rituais sincréticos.
E) restringem a liberdade de credo.
A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito no texto é o(a)
A) valorização dos conhecimentos acumulados.
B) exposição nos meios de comunicação.
C) aprofundamento da vivência espiritual.
D) fortalecimento das relações interpessoais.
E) reconhecimento na esfera artística.
Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)
A) expressão do valor das festividades da população pobre.
B) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
C) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
D) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
E) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
Em Beirute, no Libano, quando perguntado sobre onde se encontram os refugiados sirios, a resposta do homem é imediata: “em todos os lugares e em lugar nenhum”. Andando ao acaso, não é raro ver, sob um prédio ou num canto de calçada, ao abrigo do vento, uma familia refugiada em volta de uma refeição frugal posta sobre jornais como se fossem guardanapos. Também se vê de vez em quando uma tenda com a sigla ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.
JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados? Le Monde Diplomatique Brasil, out. 2015 (adaptado).
O cenário descrito aponta para uma crise humanitária que é explicada pelo processo de
A) migração massiva de pessoas atingidas por catástrofe natural.
B) hibridização cultural de grupos caracterizados por homogeneidade social.
C) desmobilização voluntária de militantes cooptados por seitas extremistas.
D) peregrinação religiosa de fiéis orientados por lideranças fundamentalistas.
E) desterritorialização forçada de populações afetadas por conflitos armados.
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