Yaô Aqui có no terreiro Pelú adié Faz inveja pra gente...

Yaô Aqui có no terreiro Pelú adié Faz inveja pra gente Que não tem mulher No jacutá de preto velho Há uma festa de yaô Ôi tem nêga de Ogum De Oxal...

INEP - Português - 2015 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

Yaô
Aqui có no terreiro Pelú adié Faz inveja pra gente Que não tem mulher
No jacutá de preto velho Há uma festa de yaô
Ôi tem nêga de Ogum De Oxalá, de Iemanjá
Mucama de Oxossi é caçador Ora viva Nanã
Nanã Buruku Yô yôo Yô yôoo
No terreiro de preto velho iaiá Vamos saravá (a quem meu pai?) Xangô!
VIANA, G. Agô, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.
A canção Yaô foi composta na década de 1930 por Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil. Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor

A) promove uma crítica bem-humorada às religiões afro-brasileiras, destacando diversos orixás.
B) ressalta uma mostra da marca da cultura africana, que se mantém viva na produção musical brasileira.
C) evidencia a superioridade da cultura africana e seu caráter de resistência à dominação do branco.
D) deixa à mostra a separação racial e cultural que caracteriza a constituição do povo brasileiro.
E) expressa os rituais africanos com maior autenticidade, respeitando as referências originais.

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