TEXTO II Imaginemos um cidadão, residente na periferia de um grande centro urbano, que diariamente acorda às 5h para trabalhar, enfrenta em média 2 horas d...
TEXTO II
Imaginemos um cidadão, residente na periferia de um grande centro urbano, que diariamente acorda às 5h para trabalhar, enfrenta em média 2 horas de transporte público, em geral lotado, para chegar às 8h ao trabalho. Termina o expediente às 17h e chega em casa às 19h para, aí sim, cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos etc. Como dizer a essa pessoa que ela deve praticar exercícios, pois é importante para sua saúde? Como ela irá entender a mensagem da importância do exercício físico? A probabilidade de essa pessoa praticar exercícios regularmente é significativamente menor que a de pessoas da classe média/alta que vivem outra realidade. Nesse caso, a abordagem individual do problema tende a fazer com que a pessoa se sinta impotente em não conseguir praticar exercícios e, consequentemente, culpada pelo fato de ser ou estar sedentária.
FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque. RBCE, n. 2,jan. 2001 (adaptado).
O segundo texto, que propõe uma reflexão sobre o primeiro acerca do impacto de mudanças no estilo de vida na saúde, apresenta uma visão
A) medicalizada, que relaciona a prática de exercícios físicos por qualquer indivíduo à promoção da saúde.
B) ampliada, que considera aspectos sociais intervenientes na prática de exercícios no cotidiano.
C) crítica, que associa a interferência das tarefas da casa ao sedentarismo do indivíduo.
D) focalizada, que atribui ao indivíduo a responsabilidade pela prevenção de doenças.
E) geracional, que preconiza a representação do culto à jovialidade.
{TITLE}