TEXTO I Dois quadros Na seca inclemente do nosso Nordeste, O sol é mais quente e o céu mais azul E o povo se achando sem pão e sem veste, Viaja à pro...
TEXTO I
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terras do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
TEXTO II
ABC do Nordeste flagelado
O - Outro tem opinião
de deixar mãe, deixar pai,
porém para o Sul não vai,
procura outra direção.
Vai bater no Maranhão
onde nunca falta inverno;
outro com grande consterno
deixa o casebre e a mobília
e leva a sua família
pra construção do governo.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).
Os Textos I e II são de autoria do escritor nordestino Patativa do Assaré, que, em sua obra, retrata de forma bastante peculiar os problemas de sua região. Esses textos têm em comum o fato de abordarem
A) a falta de esperança do povo nordestino, que se deixa vencer pela seca.
B) a dúvida de que a ajuda do governo chegará ao povo nordestino.
C) o êxodo do homem nordestino à procura de melhores condições de vida.
D) o sentimento de tristeza do povo nordestino devido à falta de chuva.
E) o sofrimento dos animais durante os longos períodos de estiagem.
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