Queixume das operarias da seda Sempre tecemos panos de seda E nem por isso vestiremos melhor [...] Nunca seremos capazes de ganhar tanto Que possamos ter melh...
Queixume das operarias da seda
Sempre tecemos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor [...]
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida [...]
Pois a obra de nossas mãos
Nenhuma de nós terá para se manter [...]
E estamos em grande miséria
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem trabalhamos
Grande parte das noites ficamos acordadas
E todo o dia para isso ganhar
Ameaçam-nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos
E assim, não nos atrevemos a repousar.
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Edições 70, 1992.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto apresenta a seguinte situação:
A) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal.
B) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades.
C) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento.
D) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas.
E) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu trabalho.
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