Gregório de Matos definiu, no século XVII, o amor e a sen...

Gregório de Matos definiu, no século XVII, o amor e a sensualidade carnal. O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de barrigas, um breve tremor...

INEP - História - 2010 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Gregório de Matos definiu, no século XVII, o amor e a sensualidade carnal.
O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de barrigas, um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta.
VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados. Revista de História. Ano1, no 1. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, nov. 2003.
Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono, no século XVIII, a sensualidade nas ruas de Salvador.
Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a desordenada paixão sensual que atropela e relaxa o rigor da Justiça, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais. Logo que anoutece, entulham as ruas libidinosos, vadios e ociosos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e, sem pejo, fazem gala da sua torpeza.
VILHENA, L.S. A Bahia no século XVIII. Coleção Baiana. v. 1. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto, contribuía para explicar essas divergências

A) a existência de associações religiosas que defendiam a pureza sexual da população branca.
B) a associação da sensualidade às parcelas mais abastadas da sociedade.
C) o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que reivindicava mudanças de comportamento na sociedade.
D) a política pública higienista, que atrelava a sexualidade a grupos socialmente marginais.
E) a busca do controle do corpo por meio de discurso ambíguo que associava sexo, prazer, libertinagem e pecado.

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