É viajando pelo mundo que os dois profissionais do Living Tongues Institute for Endangered Languages reúnem subsídios para formar os chamados “dicionári...
É viajando pelo mundo que os dois profissionais do Living Tongues Institute for Endangered Languages reúnem subsídios para formar os chamados “dicionários falantes” de idiomas em fase de extinção, com poucos falantes no planeta. “A maioria das línguas do mundo é oral, o que significa que não estão escritas ou seus falantes não costumam escrevê-las. E, apesar de os projetos tradicionais dos linguistas serem os de escrever gramáticas e dicionários, gostamos de pensar em línguas vivas, e saber que as pessoas as estão falando. Então, se você vai a um dicionário, deve ser capaz de ouvi-lo. Foi com isso em mente que criamos os dicionários para oito de algumas das línguas mais ameaçadas do mundo”, disse o linguista K. David Harrison. Para os ativistas de cada comunidade com idioma ameaçado, esse dicionário é uma ferramenta que pode ser usada para disseminar o conhecimento da língua entre os mais jovens. Para todas as outras pessoas interessadas, é a oportunidade de encontrar sons e formas de discursos humanos desconhecidos para grande parte da população do globo. É a diversidade linguística escondida e que agora pode ser revelada.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 28jul. 2012 (adaptado).
Considerando o projeto dos “dicionários falantes”, compreende-se que o trabalho dos linguistas apresentado no texto objetiva
A) destacar a importância desse tipo de iniciativa para a reconstituição de línguas extintas.
B) ratificar a tradição oral como instrumento de preservação das línguas no mundo.
C) demonstrar a existência de registros linguísticos sob risco de desaparecer.
D) preservar a memória cultural de um povo por meio de registros escritos.
E) estimular projetos voltados para a escrita de gramáticas e dicionários.
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