Ainda os equívocos no combate aos estrangeirismos Por que não se reconhece a existência de norma nas variedades populares? Para desqualificá-las? Por que...
Ainda os equívocos no combate aos estrangeirismos
Por que não se reconhece a existência de norma nas variedades populares? Para desqualificá-las? Por que só uma norma é reconhecida como norma e, não por acaso, a da elite?
Por tantos equívocos, só nos resta lamentar que algumas pessoas, imbuídas da crença de que estão defendendo a língua, a identidade e a pátria, na verdade estejam reforçando velhos preconceitos e imposições. O português do Brasil há muito distanciou-se do português de Portugal e das prescrições dos gramáticos, cujo serviço às classes dominantes é definir a língua do poder em face de ameaças - internas e externas.
ZILLES, A. M. S. In: FARACO, C. A. (Org.). Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
O texto aborda a linguagem como um campo de disputas e poder. As interrogações da autora são estratégias que conduzem ao convencimento do leitor de que
A) o português do Brasil é muito diferente do português de Portugal.
B) as prescrições dos gramáticos estão a serviço das classes dominantes.
C) a norma linguística da elite brasileira é a única reconhecida como tal.
D) o português do Brasil há muito distanciou-se das prescrições dos gramáticos.
E) a desvalorização das variedades linguísticas populares tem motivação social.
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